terça-feira, 23 de junho de 2015

Por onde andam nossos velhos conhecidos?


Desde 1997, quando começaram as temporadas brasileiras, muitos navios fizeram sucesso entre nós. Neste post, recordamos alguns que já não navegam mais em nossas águas, e foram marcantes para nossos passageiros. Lembra-se do Blue Dream, do Island Escape ou do Costa Tropicale e o Melody? Descubra o que aconteceu com eles após as temporadas brasileiras, e hoje estão hoje em dia.










Entrando em Santos por Marco Antonio Pedro
Island Escape: Presente em todas as temporadas brasileiras entre 2002 e 2009, agora faz parte da inglesa Thomson Cruises, ainda que mantenha o nome. Realiza cruzeiros dedicados ao público inglês no Mediterrâneo entre maio e outubro. Após esta temporada deve ser aposentado pela Thomson, e provavelmente colocado a venda. O Splendour of the Seas foi comprado pela companhia para substituí-lo a partir de 2016.






Foto de Marco Antonio Pedro
Island Star: Após voltar ao Brasil como Horizon em 2011/2012, foi transferido para a marca francesa do grupo Royal Caribbean, a CDF - Croisières de France. Hoje opera no Norte da Europa e Mediterrâneo, entre os meses de abril e novembro, e no Caribe entre novembro e abril. Como Island Star, fez três temporadas brasileiras pela Island Cruises entre 2005 e 2008.







Fundeado em Búzios por Daniel Carneiro
Blue Dream: Navio que introduziu a CVC no mercado de cruzeiros, o Blue Dream foi transferido para a Azamara Cruises em 2007, e após uma reforma passou a se chamar Azamara Journey. Desde então chegou a retornar para a América do Sul, mas tem navegado principalmente em Caribe, Ásia e Europa. Veio ao Brasil pela primeira vez em 2003 e se despediu em 2007.







Cartão postal oficial da Pullmantur.
Pacific: Famoso por suas escalas em Fernando de Noronha à serviço da CVC, o Pacific encerrou sua carreira em 2013, após vários anos imobilizado no porto de Gênova. Navegou comercialmente pela última vez em 2008, pela Quail Cruises, companhia de cruzeiros espanhola, da qual a própria CVC era sócia. Antes, havia tido várias temporadas nacionais canceladas por conta de seus problemas técnicos, que já eram evidentes nas últimas vezes em que veio ao país. Após ser vendido pela Pullmantur, operou por apenas alguns meses na Quail, antes de ser proibido de seguir viagem pelas autoridades por não cumprir com os requisitos de segurança. Foi sucateado junto com o Costa Allegra, em Aliaga, Turquia.


Um dos postais oficiais do navio na década de 90
Costa Allegra: Após se despedir do Brasil, em 2004, passou por uma grande reforma em 2007, sendo adaptado ao mercado chinês. Durante muitos anos realizou viagens a partir de Shangai, antes de retornar à Europa. Em suas últimas temporadas foi fretado por um operador francês para roteiros pelo Mediterrâneo e Norte da Europa, e fez roteiros para a Costa pelo Mar Vermelho e Índico. Em 2012 sofreu um incêndio enquanto navegava próximo a Madagascar, e acabou saindo de serviço. Colocado a venda, foi vendido para a sucata em 2013 e foi desmontado na Turquia.






No Mar do Norte, por Wil Moojen
Costa Marina: Aposentado pouco antes do Costa Allegra, em 2012, o Costa Marina encontrou melhor sorte e acabou comprado por outro operador, a Harmony Cruises da Coréia do Sul. Renomeado Harmony Princess e mais tarde Club Harmony, foi designado para mini-cruzeiros ao Japão a partir de Busan, Coréia do Sul. A operação, no entanto, não atingiu o sucesso esperado, e o navio acabou imobilizado até ser vendido para a sucata. A última notícia que se teve do navio, é de que este se dirigia à Alang, onde seria desmontado em abril deste ano.




Postal oficial da Costa
Costa Tropicale: Deixou a frota da Costa para operar na Oceania pela P&O Australia, uma marca da Carnival Corporation. Em seguida foi adquirido pela Pullmantur, e rebatizado Ocean Dream. Além de operar na Europa e Caribe, chegou a retornar ao Brasil, para roteiros pelo Nordeste. Enquanto estava no país, em 2012, foi vendido para a Peace Boat Organization, que organiza voltas ao mundo com foco em ativismo e compartilhamento cultural.








Em Harwich, por Ian Boyle
Funchal: Após vários anos em operação pela Classic International Cruises, entrou em doca-seca para uma grande reforma, que o adaptaria para o futuro. Entretanto, a companhia acabou falindo antes da conclusão da intervenção, que era necessária para que o navio continuasse navegando. Em fevereiro de 2013 foi adquirido pela Portuscale Cruises, uma start-up portuguesa que finalizou a reforma, e chegou a operá-lo em roteiros pela Europa e Atlântico em 2013 e 2014. Sem obter lucro com a operação, a companhia suspendeu a operação do navio este ano. Hoje, encontra-se imobilizado em Lisboa à espera de um fretador.


Postal Oficial
Rhapsody: Um dos tradicionais navios da MSC Crociere, o Rhapsody foi vendido pela companhia em 2009 para a israelense Mano Cruise. Desde então vêm operando no Mediterrâneo com saídas de Haifa, em cruzeiros para o mercado israelense. Como Golden Iris, realizará diversos cruzeiros em 2015, passando principalmente por Chipre, e pelas Ilhas Gregas.








Um dos últimos postais oficias.
Melody: Depois de vários anos tentando vende-lo, a MSC finalmente encontrou um interessado no Melody em 2014. O navio já não operava desde agosto de 2012, e encontrava-se imobilizado na Itália a espera de um comprador que o colocasse de volta à serviço. Isso, entretanto, não ocorreu. Ainda que tenha sido vendido, o Melody continua imobilizado, agora na Índia, país de origem de seu novo proprietário. Renomeado Qing, foi visto pela última vez no AIS em Vasco da Gama, em novembro de 2014. Aparentemente, o navio era parte de um projeto de venda de uma espécie de "apartamentos marítimos". O projeto, no entanto não deu certo, e a empresa planeja revender o navio.




Foto por Ian Boyle
Grand Voyager: Foi transferido para a Costa Crociere em 2012, para substituir o Costa Allegra, que havia sofrido um incêndio em alto mar. Acabou permanecendo na frota da companhia italiana, realizando roteiros no Mar Vermelho, Atlântico e Europa e também fretamentos para uma operadora francesa. No final de 2013, teve seus roteiros, que já estavam anunciados até o final do verão de 2014, cancelados e foi vendido após um período imobilizado. Foi adquirido pela Bohai Ferry Co, de Hong Kong, e hoje opera na China como Chinese Taishan. Operou no Brasil pela CVC e pela Ibero Cruceros.



Saindo de Santos por Marco Antonio Pedro
Grand Mistral: Assim como seu companheiro de frota Voyager, foi transferido para a Costa Crociere, mas em 2013. Desde então vem operando pela companhia italiana como Costa neoRiviera. É um dos três navios integrantes do conceito Costa neoCollection, que oferece uma experiência mais exclusiva e luxuosa a bordo, dentro de navios menores. É um dos navios mais bem avaliados da frota, com base nos questionários elaborados pelos próprios passageiros. Tem realizado roteiros em Dubai e Emirados Árabes durante as temporadas de inverno europeu, e no Mediterrâneo durante o verão local.


Texto (©) Copyright Daniel Capella./Imagens (©) Copyright de seus respectivos autores.

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